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Desabafos de uma mulher dos anos 80...

"A vida em constante mudança..."

Desabafos de uma mulher dos anos 80...

Qua | 23.11.16

O cheiro a Portugal...

Butterfly

A mãe, o pai, a avó, os tios, a prima. Os amigos. Os melhores amigos. Os cheiros, as vozes, a língua, o espírito, o céu azul... O sol. O cheiro do mar e a areia branca. A música. O rádio português. Os carros a apitarem. O orvalho a cair durante as madrugadas... E as saudades. A ansiedade que aumenta por cada vez estar mais perto do dia que vou sentir, tocar e (re)viver tudo isto que tanto é importante para mim. 

 

A mãe, o pai, a avó, os tios, a prima... Os amigos e os melhores amigos. Aqueles que sempre apoiam independentemente da decisão que tomo. Aqueles que sempre me encorajam para mais e melhor. Que me orientam quando eu me desoriento. Que me completam e ainda me agradecem por eu existir. "Meu Deus"... Sou mesmo uma sortudo por os ter. Quando estamos perto podemos sim dar valor aos que temos, mas quando existe uma distância física de 2000 km, descobrimos outro tipo de sensações e sentimentos que jamais pensaríamos existir. É incrível. Um simples correio, uma carta trocada e vinda de Portugal faz-me esboçar um sorriso. 

 Os cheiros, as vozes, a língua, o espírio, o céu azul...O sol. O cheiro do mar e a areia branca. A música. O rádio português. Os carros a apitarem. O meu Portugal. O Portugal que eu tanto adoro e tanto me faz revoltar pelas condições que oferece aos nossos jovens. O país que que acho que poderia ser perfeito para viver e de que tanto falo aos meus colegas, e que por sinal não percebem patavina do que eu tento expressar (a nível de sentimentos). Um lago não é a mesma coisa que um mar para tomar banho no verão. A areia branca cheia de conchinhas e pulgas do mar a saltitar, não é a mesma coisa que um lago com peixes para nos banharmos. Se serve? Sim, claro, mas o nosso oceano atlântico é o nosso oceano. É uma das minhas paixões. Sempre foi, e agora mais ainda. As vozes, a música e a língua portuguesa por todo o lado... Nos supermercados, nas ruas de calçada lisboeta... 

 

 Não existem palavras para descrever tudo aquilo que sinto quando penso nisto. A contar os dias para o meu avião aterrar no aeroporto. A contar os dias para abraçar as pessoas que mais amo e por viver tudo aquilo que me é importante. Porque a vida não é como queremos... É de esforços, mas também de compensações. E estar junto a eles, é sem dúvida a melhor benção que posso ter. 

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Qua | 16.11.16

Day use!

Butterfly

Day Use = Termo hoteleiro utilizado para uma tarifa especial: O cliente não paga para ficar de noite no hotel, mas sim por umas horas durante o dia. 

 

Day Use:

Estaciono o meu carro no parque estacionamento do hotel onde trabalho. Vejo uma senhora a sair do seu automóvel. Vejo a senhora a dar a volta ao carro e a tirar o bébé que estava no "ovinho". 

 

Vejo um senhor a estacionar, a chegar sozinho. Reparei que sorriu à senhora mas não trocaram uma palavra.

 

Entro na recepção, dirigo-me ao meu lugar para iniciar  trabalho.  E...  "Bonjour" à senhora com o bébé e... "bonjour" ao senhor que chegou ao mesmo tempo. E... Voilá! Ficou feito o check-in do day use daquele dia. 2 adultos + 1 bébé + 1 quarto de hotel + 5 horas de loucura!!! 

 

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Qua | 16.11.16

Quase a entrar em contagem decrescente para voltar ao meu país!

Butterfly

Não sei se isto vos acontece (claro que sei que acontece!Só pode!), mas já só penso em pôr os meus pézinhos em terra portuguesa! Assim que o avião aterrar nem vou acreditar que vou lá estar, e desta vez não vai ser por 3 dias. Sinto-me excitada só de pensar! Sinto-me viva só de pensar que vou poder estar com a minha família e amigos... Quero muito jantares de família. Quero muito jantares entre amigos. Quero muito o sol português. Quero muito os meus lugares, os meus espaços mágicos a que sempre recorria quando me sentia menos bem! Hum... O lugar onde nascemos e crescemos, é, sem dúvida a nossa zona de conforto. Penso que isto poderá alterar, mas nesta fase ainda sinto tudo isto. Se me estou a adaptar?! Sim, acho que estou. Mas a casa dos pais, é sempre a casa dos pais... A casa dos avós... A casa dos tios. Dos amigos que cresceram connosco... Acho que o meu corpo neste momento, é todo ele saudade. Acordo e deito a pensar nas minhas férias. Ando mais bem disposta... Bolas... Passar o primeiro Natal fora do país e completamente sozinha... Não era de todo o que mais me apetecia!

Sau-da-des. Sau-da-des.

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