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Desabafos de uma mulher dos anos 80...

"A vida em constante mudança..."

Desabafos de uma mulher dos anos 80...

Qua | 30.09.15

Mudar, mudar e mudar...!

Butterfly

Só me apetece mudar a minha vida... Não que haja alguma coisa grave, não, nã há nada, felizmente. Mas sinto uma necessidade de mudança, uma lufada de ar fresco! Não sou muito de grandes mudanças, tenho o meu tempo de adaptação à mudança (como todas as pessoas), mas apetece-me. Preciso. Sinto-me completamente desmotivada com o meu trabalho. Ordenado baixo. Turnos rotativos. Fins-de-semana a trabalhar. Natal a trabalhar, fim de ano a trabalhar, sem que a recompensa valha a pena. Tento pensar, que entretanto estou a terminar isso, e a dar o grande o passo...

 

Sex | 25.09.15

Segurança social! HELP!

Butterfly

Estou de baixa médica. Hoje tive a brilhantíssima ideia de confirmar com a segurança social se está tudo correcto e/ou se é necessário fazer algo mais. Pois é... Sabem que mais? É necessário fazer TU-DO. A minha querida Dr.ª conseguiu fazer a proeza de imprimir o documento comprovativo de incapacidade de trabalho e não o "guardar", não o "enviar", de não o fazer chegar à segurança social! Que quer isto dizer??? Que tenho de ir, uma vez mais ao consultório (que por sinal hoje até está fechado) e solicitar um documento a que chamam "baixa manual" e uma declaração com o motivo pelo qual o documento não foi inserido no dia correcto. Quantos dias para o fazer? 5 dias, o que signifia, que apenas tenho mais 2. E além disso, tenho de me deslocar directamente à segurança social e entregar os documentos! Será isto normal? Em que século nós vivemos?! Caso não entregue em 2 dias, bye bye dinheirinho! Quer dizer, além de pagar toda a totalidade de exames e afins ainda tenho que pedir (com jeitinho), que desempenham correctamente o trabalho!!!!!! HELP!

Sex | 25.09.15

Surpresa!

Butterfly

Adoro surpresas... Parece que as conversas que tenho tido ultimamente sempre fizeram algum efeito... E quando eu menos esperava tinha alguém muito especial a tocar a campainha da minha casa... Era ele. Aquele abraço que de bom tem tudo, aquele beijinho que tanto me acalma... Aquela respiração que me deixa maluca... Só espero que não nos percamos, de novo.

 

Qui | 24.09.15

How I feel right now...

Butterfly

Tantas coisas ao mesmo tempo. Sinto-me confusa, triste e desiludida. O tempo cada vez está mais curto e cada vez mais se aproxima a altura de me ir embora. Abandonar este país. Será que estás ciente de que nos vamos afastar ainda mais? Estará a nossa relação preparada para mais uma separação? Acho que não. Os anos vão passando, e neles trazem a urgência em concretizar os objectivos a que nos propomos à 10 anos atrás. Uma casa, uma família...enfim... Os anos passaram e nem tu e nem eu os concretizámos. Mas e agora? Eu vou... tu ficas... vamos ficar mais 5 anos, a tentar organiarmo-nos para que o possamos fazer? Não me parece. Estarás preparado para me ouvir reclamar ainda mais atenção? Estarei eu preparada para conhecer novas pessoas, um ambiente e uma realidade diferente? Tento sentir-me segura contigo, desejo ir com alguma "certeza" de que irás ter comigo, de que iremos constituir (finalmente) a nossa vida juntos. Mas não é fácil. 

 Hoje sinto-me triste contigo. Uma vez mais, dizes tu. Queixas-te de que eu sempre me estou a queixar de ti. Na verdade, não existe ninguém neste mundo de quem eu tanto tenha gostado como de ti. Mas tu já não inaginas o valor que tens para mim. Bem sei que achas que eu procuro a perfeição em ti. Sei que a perfeição não existe. Conversámos milhentas vezes sobre isso. Mas, sem te aperceberes fazes-me o mesmo. Eu devia saber mais e mais da tua profissão, eu ás vezes não devia ter dito que era X mas sim Y. Eu sou assim... E tu sempre gostaste, e ao que dizes, gostas... Mas tudo isto faz aumentar uma pressão, um peso nesta relação que eu sempre tive como "quase perfeita".Ou me agarras e te dedicas mais, ou então... não vou conseguir suportar tudo isto...sozinha.

Qua | 23.09.15

Sozinha...

Butterfly

Muitas vezes eu tenho dito que prefiro me sentir sozinha e não ter ninguém do que sentir-me sozinha e ter alguém. Neste momento tenho alguém e sinto-me sozinha. Zonas do país diferentes, falta de tempo. Não me interessa, não me importa. Consigo entender, mas não consigo aceitar. E então? O que fazer nesta situação? Não tenho muitas hipóteses: Ou aceito e tenho dias assim, ou não aceito e perco a pessoa por quem suspiro à quase 10 anos. Começa a ficar cansativo, e ainda eu estou em portugal. Tenho um defeito: Sofro por antecipação. Por vezes penso que se é assim agora, como será quando eu me mudar para outro país? Pode não correr bem. Por várias vezes já aqui falei em relacionamentos à distância... Cheguei a acreditar, a não acreditar, e com esta relação posso acreditar mas penso ser difícil... 

 Gostava de o poder ter todos dias, chegar a casa e ter um abraço de carinho e conforto... Poder conversar, desabafar e chorar com ele. Não assim, com as amigas e/ou sozinha. Não me consigo sentir bem assim. Tenho decisões importantes a tomar, decisões que efectivamente podem mudar a minha vida quase de um dia para o outro... Mas ele... nem sempre pode estar a meu lado quando eu as tenho de tomar... Antes, tinha um relacionamento em que envolvia as famílias, estava todos os dias com ele, ajudava-me muito, era meu amigo, mas não gostava o suficiente dele... Agora, tenho a pessoa de quem sempre gostei, mas não estamos a conseguir atingir aquilo que tanto ambicionávamos... Oh vida... porque tem ser que ser assim?

Qua | 16.09.15

As primeiras entrevistas em...França!

Butterfly

 Aeroporto de Lisboa, 5 da manhã. Desta vez, levava em mim uma sensação muito diferente da que era frequente. Os pais foram-me levar, ao contrário do dito "normal", preferi que me deixassem e que logo fossem embora. Não valeria apena mais tempo ali comigo. A sensação de "friozinho" na barriga começou. Desta vez não por ver alguém partir, mas sim por SER EU a partir. Olhar para trás e ver o "meu" carro a ir embora. Os pais olharem para trás e verem-me sozinha, com a bagagem atrás. Desta vez, até a bagagem foi diferente: Pouca roupa (muito pouca mesmo), roupa um pouco mais formal, dicionários, livros e computador. Sentia um misto de sensações: Triste por ter que ser assim, dividida entre família e a luta por uma vida melhor, feliz por ver que alguém olhou para o meu curriculum e lhe deu valor e... uma vez mais, revoltada com este nosso Portugal, que me viu nascer. 

 Ponho os pés em Paris, o misto de sensações e sentimentos continuou, no entanto, com tanto em que pensar e tratar, tive momentos realmente muito, muito bons. Pouco dormi, pois não havia tempo a perder. O importante era fixar-me no meu objectivo e nas minhas entrevistas. Preparei-me, simulei, li, ri e adormeci até ao momento de levantar e me fazer à vida.

 Buzinadelas, carros por todo o lado, lingua francesa pelas ruas, por todo o lado, e... pode parecer brincadeira, mas como fui tão cedo havia ruas em que o cheirinho a croissant se espalhava e me fazia sentir confortável. Nervoso miudinho até chegar o momento da primeira entrevista. 

 Entrei no edifício, Champs Elysées, e logo tive um sorriso bem esboçado por parte da recepcionista do prédio. Logo se aprontou a ajudar-me a encontrar o andar e a porta correcta. Uma sala com mais pessoas e uma assitente muito bonita veio atender-me. Preenchimento de formulário e blá, blá, blá... Chamaram-me ao gabinete para reunir com a pessoa responsável pelo meu recrutamento. Que calafrio! É agora. Isto está mesmo a acontecer. Impressionante a rapidez com que as coisas se estão a dar... "Faz precisamente um mês que comecei a enviar CV's e já agora estou em frança! E já "tive" que recusar entrevistas!" - Este era o pensamento que por vezes me vinha à mente. Entrei no gabinete, e contrariamente ao que estava à espera, a recrutadora foi muito simpática, compreensiva e...será que posso dizer... "acolhedora"? Sim, acho mesmo que essa é a aplavra correcta. Fiquei surpreendida com a organização, pontualidade e profissionalismo deles. Fiquei ainda mais motivada. Gostava de pertencer a esse grupo.

 Saí da entrevista e a sensação de alívio percorreu-me todo o corpo e só pensava que isto não está mesmo a ser em sonhos, é a mais pura das realidades. Agora, é concorrer para mais e mais, ser positiva com muita dedicação e tentar a minha sorte em mais... Estou a começar a perceber que o melhor mesmo é ir directamente para lá, e procurar trabalho lá.

 Eu cá estou de regresso ao meu lar, à minha zona de conforto, à minha cama, e ao meu cantinho...