First Relation
Ele era dois anos mais velho. Eu 16, ele 18. Eu era uma miúda e ele miúdo era.
Uma miúda que estava no secundário e tinha como objectivo seguir para a faculdade. Ele... Trabalhava. Como todas as relações, no ínicio até não foi mau. Mas não demorei para entender que afinal aquele rapaz que tinha apenas 18 anos, aparentava ter muito mais. No inicio tentou me cativar, cheio de mimos, conversinhas, e fez me sentir bem comigo mesma. Mas...a pouco e pouco...foi se desmoronando. Confesso que nunca fui a tipica adolescente que sonhava com príncipes e princesas, sempre tive os pés bem assentes na terra (por vezes até demais). No entanto, isso funciona como uma defesa.
O que veio a seguir? O não entender que eu quizesse seguir para a faculdade, as cenas de ciúme sempre que íamos a uma discoteca, a um café, a um jantar entre amigos. Exemplo? Numa discoteca fantasiava que eu estava a olhar para outro. Reparava no que eu vestia, e ficava amuado. Não gostava que convivesse com minhas amigas, tornando-se possessivo.
Primeiro: Não admitia que alguém que estivesse comigo não me apoiasse no facto de eu querer ser formada. Como é que alguém pode não apoiar a namorada(o) numa coisa destas?? - Relação condenada.
Segundo: Excesso de cenas patéticas de ciúme só estragam a relação. O ciúme q.b. faz bem, mas não exageremos na dose, ou arriscamos que o nosso companheiro se vá desligando de nós, vá ficando saturado, chegando ao ponto de nem querer saber mais. - Foi o que me foi acontecendo, mesmo sem me aperceber que já o estava a fazer. - Ninguém merece.
Terceiro: Amigos é coisa que prezo. Nunca deixaria os meus amigos a 100% por alguém. Há que ter tempo e espaço para todos. Apenas temos que saber gerir.
Consequência: Fim de relação. Era impossível. Eramos o oposto um do outro. Principios de vida diferentes, tudo diferente. Admito que apesar de não ter dado e tendo passado muita muita coisa com este alguém, aprendi muito.
Não sei se aconteceu o mesmo convosco, mas não acredito que a primeira relação resulte a longo prazo, ainda mais quando acontece em miúdos.
Quem tem 16,17,18 anos tem mais é que aproveitar a vida, fazer as loucuras que esta idade nos pede, gozar a vida com os nossos amigos, apanhar bebedeiras, ir para a discoteca, gozar a noite. Com responsabilidade, claro.
E foi após esta relação que a Dani "renasceu das cinzas" e aproveitou como nunca. Vivi muito bem os 18 e anos seguintes.
Mas...foi a seguir que eu aprendi verdadeiramente o que é a paixão. O que é sermos os melhores amigos do nosso companheiro, o que é a verdadeira "quimica", a atracção física...E...O que é o Amor.